sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

(Turquia) Dia 07: Ephesus e o Templo de Artemis

Acordamos às 8h, com muito esforço. Tomamos café da manhã e fomos conhecer a basílica de São João. Mas o hotel em que dormimos era tão perto da igreja, que nos perdemos!

Acabamos andando até as ruinas de um castelo nos arredores, que ainda está fechado para visitações. O preço de ter perambulado foi que não nos sobrou muito tempo para ver a basílica, que era na verdade, na mesma quadra do hotel. Isso não foi grande problema, pois pouca coisa ainda está de pé, e 30min foram mais que suficientes. Às 9h30 estávamos de volta ao hotel para pegar a van que, pontualmente, partiu para a famosa ruína de Ephesus.

Biblioteca de Celsius, em EphesusChegamos em 15min, pagamos a entrada (20TL), e entramos pelo Magnesian Gate, o portão leste da cidade, que foi uma das maiores do império romano. Fomos descendo pela rua principal, totalmente maravilhados com as ruínas, e seu grau de preservação impressionante: infinitas colunas decoradas ricamente, casas com fontes (que hoje não funcionam mais) e mosaicos. Mas a primeira construção que se destaca é o Templo de Adriano; com seu arco frontal totalmente ornamentado com medusas. Continuamos descendo em direção ao porto e logo depois dos grandes sobrados (cuja visitação é paga a parte), está a estonteante Biblioteca de Celsius, a principal atração do local (foto), onde ficamos quase 1h vendo as várias estátuas, o mausoléu do governador da província e seus 2 andares repletos de colunas e arcos ricamente ornamentados. Depois da biblioteca, até mesmo o Grande Teatro (onde segundo a bíblia, São Paulo pregou aos pagãos), com seus 25.000 lugares, ficou ofuscado.

Novamente ponto positivo para a época escolhida: por ser inverno havia pouquíssimos turistas e, se tivéssemos chegado 1h antes estaríamos sozinhos ali, o que é praticamente impossível em qualquer local turístico famoso. Foram 3h de visita e facilmente teríamos ficado mais 1h se tivéssemos ido sem a van.

Na sequência, fomos almoçar em um buffet muito bom (incluso no pacote, e portanto, bem turístico) e de lá seguimos para conhecer o afamado Templo de Artemis: uma das 7 Maravilhas do Mundo Antigo (o que ressalta a importância que o local já teve). Mas infelizmente, depois de vários terremotos, saques e guerras, sobraram apenas poucas das 127 colunas gigantescas do templo, que já foi o maior do mundo. Como realmente há pouco para ser visto (o que não desmerece a visita), ficamos apenas 30min.

Em seguida, seguimos 9km montanha acima por uma estrada tortuosa até a casa onde morreu a Virgem Maria. É difícil confirmar a genuinidade do local, dado que quase tudo foi reconstruído conforme a visão de Anne Catherina Emmerich. Ficamos apenas 15min no local mas para os católicos a visita deve justificar mais tempo.

Saímos de lá e fomos (sem opção de escolha) levados a conhecer uma fábrica de tapetes. Embora a intenção fosse clara - comissão para o guia - tenho que admitir que foi bastante interessante, principalmente pela aparente despreocupação com a venda. Tivemos uma aula completa sobre tapetes e sua confecção (coisa que eu já conhecia de outras viagens), vimos ao vivo como o casulo do bicho da seda é transformado em fios e tingidos, e porque um tapete do tamanho de uma toalha de rosto é tão caro e importante. Como o preço era exorbitante (mínimo de 150 euros), saímos sem comprar nada, apesar dos muitos descontos (até 50%) e entrega no Brasil.

Às 18h fomos deixados na rodoviária e, como nosso ônibus sairia às 20h, aproveitamos para jantar tranquilamente em um restaurante tradicional turco (tradicional = sem luxo) nas proximidades e às 20h embarcamos para Göreme, com a certeza de 12h de viagem sofrível.

Curiosidade: Os tapetes, sobretudo os de seda, levam anos para serem confeccionados. Normalmente são feitos por crianças (devido aos seus dedos pequenos, que possibilitam que o ponto seja menor e mais apertado), duram séculos de uso contínuo e são considerados uma das partes mais importante de uma herança.

DICA: Saia o mais cedo possível para conhecer Ephesus! Por se tratar da principal atração da região, a chance do local estar lotado é muito grande. É perfeitamente possível ir a pé, pois o sítio arqueológico fica a apenas 3km de distância do centro de Selçuk.

Quem estava:
Picasaweb + fotos


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